quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Contrastes


Parece-me que Paulo Coelho e Rauzito (gostaria de ter tido essa intimidade) estavam certos: “eu prefiro ser uma metamorfose ambulante”.

Quanta gente boa e quanto lixo que se diz pertencer a nossa espécie.

A começar por mim – para uns, posso ser considerado bom, para outros, mais um equivocado, um verme acéfalo como um platelminto.

Porém, essa condição não é exclusividade minha.

Você também pode passar pelo crivo raso dos “juízes” humanos.

Mas, como dizem o papel aceita tudo, inclusive essas mal traçadas linhas.

Então, atrevo-me a escrever e externar minhas opiniões que valem a mim mesmo, num espaço ainda franqueado a qualquer um, um blog.

Como diz um amigo meu talvez tenhamos DNA extraterrestre.

Será que minha adenina ou minha citosina são transcósmicas?

Se forem, pode ser que explique essa minha visão da efêmera existência terráquea.

E nesse curto prazo de validade, atrevo-me a perceber o quão temos de evoluir espiritualmente.

Sim, espírito!

A energia que nos anima nessa vida onde contracenamos um com o outro.

Mas a vaidade é o grande mal que pode embriagar os egos dos incautos humanos.

Ela é a régua usada por muitos na mensuração dos valores e carateres de seus “irmãos”.

É ela que compara e que condena aqueles que não comungam com suas percepções políticas e religiosas, principalmente.

No padrão ocidental, é uma heresia não ser cristão e no panorama brasileiro, é uma loucura não reconhecer os avanços sociais obtidos pelo partido dos trabalhadores.

O Jesus teológico é maravilhoso e, com certeza, estaria junto com aqueles que protestam contra as injustiças e contra a corrupção que assola nosso país.

Mas, o perigo está nos pensadores independente.

Naqueles que não precisam da citação de rodapé da academia para serem levados a sério.

A genialidade é um lapso demonstrado todo dia por cientista, artista e anônimos de todas as idades, numa prova que a bagagem não é apenas adquirida nessa viagem existencial.

Tentar blindar os feitos de Pelé, de Lula, de Paulo Freire e de Chico Buarque é muito pouco para um país com tanta riqueza cultural.

Abram alas para os “malucos” passarem.

São inúmeros que não dispõem da exposição da mídia, com conteúdo e que sonham com um mundo melhor.

Um mundo é dos diferentes, porém menos traumático, pois as diferenças são importantes e tornam a sociedade mais interessante nesse processo evolutivo.

Enquanto isso, Chico Xavier não pôde ser considerado o maior brasileiro do século pelo fato de ser espírita, Olavo de Carvalho não ser considerado um intelectual por ser anti-comunista e Marina Silva não ser uma líder política por ser uma dissidente de partidos já estabelecidos.
 
Rogério Francisco Vieira

Biólogo e Professor

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