Parece-me que Paulo Coelho e Rauzito (gostaria de ter tido
essa intimidade) estavam certos: “eu prefiro ser uma metamorfose ambulante”.
Quanta gente boa e quanto lixo que se diz pertencer a nossa
espécie.
A começar por mim – para uns, posso ser considerado bom,
para outros, mais um equivocado, um verme acéfalo como um platelminto.
Porém, essa condição não é exclusividade minha.
Você também pode passar pelo crivo raso dos
“juízes” humanos.
Mas, como dizem o papel aceita tudo, inclusive essas mal
traçadas linhas.
Então, atrevo-me a escrever e externar minhas opiniões que
valem a mim mesmo, num espaço ainda franqueado a qualquer um, um blog.
Como diz um amigo meu talvez tenhamos DNA extraterrestre.
Será que minha adenina ou minha citosina são transcósmicas?
Se forem, pode ser que explique essa minha visão da efêmera
existência terráquea.
E nesse curto prazo de validade, atrevo-me a perceber o quão
temos de evoluir espiritualmente.
Sim, espírito!
A energia que nos anima nessa vida onde contracenamos um com
o outro.
Mas a vaidade é o grande mal que pode embriagar os egos dos
incautos humanos.
Ela é a régua usada por muitos na mensuração dos valores e
carateres de seus “irmãos”.
É ela que compara e que condena aqueles que não comungam com
suas percepções políticas e religiosas, principalmente.
No padrão ocidental, é uma heresia não ser cristão e no
panorama brasileiro, é uma loucura não reconhecer os avanços sociais obtidos
pelo partido dos trabalhadores.
O Jesus teológico é maravilhoso e, com certeza, estaria
junto com aqueles que protestam contra as injustiças e contra a corrupção que
assola nosso país.
Mas, o perigo está nos pensadores independente.
Naqueles que não precisam da citação de rodapé da academia
para serem levados a sério.
A genialidade é um lapso demonstrado todo dia por cientista,
artista e anônimos de todas as idades, numa prova que a bagagem não é apenas
adquirida nessa viagem existencial.
Tentar blindar os feitos de Pelé, de Lula, de Paulo Freire e
de Chico Buarque é muito pouco para um país com tanta riqueza cultural.
Abram alas para os “malucos” passarem.
São inúmeros que não dispõem da exposição da mídia, com
conteúdo e que sonham com um mundo melhor.
Um mundo é dos diferentes, porém menos traumático, pois as
diferenças são importantes e tornam a sociedade mais interessante nesse
processo evolutivo.
Enquanto isso, Chico Xavier não pôde ser considerado o maior
brasileiro do século pelo fato de ser espírita, Olavo de Carvalho não ser
considerado um intelectual por ser anti-comunista e Marina Silva não ser uma
líder política por ser uma dissidente de partidos já estabelecidos.
Rogério Francisco
Vieira
Biólogo e Professor
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