O Paraná é tido como um dos celeiros de nosso país.
A soja
paranaense é uma das estrelas da produção nacional. Outras culturas como a do
milho, a do trigo e a do feijão garantem o abastecimento de grande parte de
nossa população em safras auspiciosas. O café já foi nosso “ouro verde”,
impulsionando o crescimento e desenvolvimento do norte do estado, mas a forte
geada da década de sessenta quase que dizimou por completo o cultivo do Coffea
arábica, espécie de rubiácea cujos grãos fornecem a bebida mais comum de todos
os brasileiros.
Essa vocação agrícola está explícita nos símbolos do Paraná
a começar pelo verde destacado na bandeira, fazendo referência a predominância
da cobertura vegetal de seu território.
Ladeando a esfera
celeste no centro de sua flâmula, aparecem ramos de araucária e de erva-mate.
A araucária, Araucaria angustifolia, é uma planta
da divisão das gimnospermas, nativa e típica da região sul. Seus estróbilos
femininos fertilizados produzem uma semente também comestível: o pinhão, muito
apreciada nos meses de junho e julho, principalmente. Trata-se de uma árvore de
grande porte, perenifólia, com folhas lamino-aciculadas, cujo tronco motivou a
ambição da indústria moveleira e da construção civil.
A Ilex
paraguariensis, a erva guarani conhecida como mate, também detém seu
destaque histórico, econômico e cultural em terras paranaenses. A bebida levada
pelos tropeiros até o litoral, despertou o gosto dos europeus, incrementando o
chá das cinco dos londrinos. Vale visitar, mesmo que virtualmente, o Parque Nacional do Mate ligado ao Museu Paranaense. A área de 31,7 hectares localiza-se no
município de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba.
Rogério Francisco
Vieira
Biólogo e Professor
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