quinta-feira, 7 de março de 2013

Arte e Ciência na Turma do Bob Esponja





O biólogo e cartunista norte-americano Stephen McDannell Hillenburg é o criador do famoso desenho animado “Bob Esponja”.

Apesar de me divertir com seus personagens, não sou profundo conhecedor.

Mas é muito interessante perceber como sua mente criativa consegue estabelecer uma relação interespecífica e harmônica da biodiversidade do fundo do mar.
Bob, o astro principal, é o representante mais simples do reino dos animais.

Trata-se de um porífero e, por sua morfologia, é considerado um parazoário - sua organização corpórea não tem distinção de tecidos.

Por tal característica, tem grande poder de regeneração e facilidade em gerar clones.

Seu grande amigo – Patrick – é um equinodermo da classe asteróidea, um animal bentônico, também com a capacidade de se regenerar e que na escala evolutiva é o representante mais próximo do ser humano, pois é um deuterostômio, animal onde o ânus surge antes da boca.

Lula, um molusco rabugento, pertence a classe dos cefalópodos e divide os afazeres na lanchonete "Siri Cascudo", preparando hambúrgueres de siri.

O dono do fast food marinho é o Sr. Siriguejo, um artrópodo crustáceo que, bizarramente, é pai de Pérola, uma legítima representante dos cetáceos.

Gary é o bichinho de estimação do “calça quadrada”.

Também é um molusco, mas da ordem dos gastrópodos, pois tem sua massa visceral protegida por concha de única valva.

Até um esquilo é habitante abissal. Trata-se da inteligente Sandy que para poder sobreviver em meio aquático, usa um tipo de escafandro.

Bob e seu amigo Patrick, por serem heterótrofos, precisam ir a busca de alimentos e a iguaria mais apreciada é a gelatinosa água-viva, uma forma de cnidário capaz de provocar choques químicos e não elétricos em suas vítimas.

Esses, entre outros, são os personagens que ao mesmo tempo em que divertem, podem servir como uma motivadora aula de biologia.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

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