terça-feira, 7 de maio de 2013

Laroyê!






A fragilidade humana é fato inquestionável.

Uma simples bactéria pode aniquilar o mais robusto invólucro material carnal.

Também, as mais portentosas mentes podem sofrer convulsões, experimentando o limiar entre a racionalidade e a loucura.

Isso demonstra quão imperfeita é essa existência terrena, numa verdadeira depuração das pendências acumuladas ao longo dos compromissos espirituais assumidos e não cumpridos.

A matéria é efêmera e como tal, modifica-se conforme as necessidades evolutivas do espírito.

Já esse, é imutável em sua essência, ficando sujeito a modelagem material para se manifestar.

Assim como o macrocosmo – formado por matéria e energia – assim é o microcosmo, o ente vivo, onde a matéria é o corpo e a energia é o espírito.

A máxima do químico Lavoisier afirma que “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

De fato, a química se fundamenta na matéria constituída por átomos e moléculas.

Tal constituição é inerente a parte material. Portanto, o corpo contém elementos agregados de outras matérias.

O carbono, por exemplo, típico das constituições orgânicas, transita ao longo dos tempos, compondo os mais diferentes seres vivos, contribuindo com a diversidade e evolução na Terra.

Porém, o espírito é energia pura proveniente do Incriado, que não se perde e não se transforma.

Sua essência depois de depurada retorna a sua origem fortalecendo a fonte, ficando livre da roda justa das encarnações.

Ledo engano achar que isso é privilégio apenas dos encarnados.

A máxima oração cristã – não que essa seja a porta voz das demais manifestações religiosas – contém entre seus versos: “assim na Terra, como no Céu”.

Esse fragmento insinua que as provações espirituais se dão tanto aos níveis encarnado, quanto desencarnados.

Assim como existem pessoas que sofrem ou se regorjeiam em vida, também há a energias que se fundem a grande massa criadora ou submetem-se a novas experiências em matéria para galgarem os degraus que rompem com o ciclo vicioso e imperativo do aperfeiçoamento energético.

E nesse exaustivo processo de purificação, figuram aqueles, que sob consentimento Divino, fazem o papel “sujo” de separar o puro do impuro.

São os temidos Exús, emissários Daquele que não é bom e nem ruim.

É justo!

Enquanto o véu da verdade não é descerrado aos olhos humanos por conta da falta de luminosidade, os tropeços são inevitáveis na caminhada em direção a luz.

Em síntese, Deus não é bom nem mau, é justo e perfeito.

Que Ele auxilie e permita que nossa essência possa estar em condição de se agregar homogeneamente a Sua natureza e, que dessa forma, possamos reforçar nossos influxos positivos para a evolução da vida no planeta.

Enquanto isso, a cobrança salutar ao aperfeiçoamento espiritual vai sendo "cobrada" por intermédio daqueles que têm a permissão do Criador para tal, independentemente do tempo e do espaço.


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

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