terça-feira, 9 de julho de 2013

Respeito e Tolerância


Parecem sinônimos, mas não são.

Ambos têm uma relação da ótica que se tem com o outro ou com um grupo.

Porém, ambos dependem de um referencial que, de costume, parte de sua própria percepção e não a do outro.

Ou seja, é uma visão egoísta, determinada pela bagagem de valores culturais e sociais em detrimento dos princípios intrínsecos e relevantes ao conjunto de referência.

O respeito, a priori, tem um caráter de reverência àquele para o qual se faz uma consideração geralmente positiva.

Por exemplo, você tem respeito ao presidente da república, independente de sua simpatia partidária, pois foi adestrado nos princípios cívicos, a respeitar a figura do chefe máximo da nação.

Isso também se aplica ao respeito religioso e no âmbito acadêmico.

Assim, o papa é “O” papa, líder religioso imaculado que merece seu humilde respeito cristão; o fulano de tal é “doutor”, porém conta com seu submisso respeito porque detém de uma titulação que você nem ousa em questionar.

Porém, a tolerância é tida como uma sensação de concessão, onde alguém ou seu grupo , tido como superior, concede ao outro seu direito de uma manifestação inócua, pois o que vale são seus referencias e valores.

Na prática, tolera-se a manifestação dos homossexuais para o atendimento de seus direitos civis, mas se é contrário a sua condição, pois fere os seus princípios naturais na dualidade macho-fêmea, independente de seus aspectos psicológicos.

Portanto, o tolerante se coloca numa condição de absolutamente correto, assumindo a posição se superioridade diante do outro.

Já o respeitador não carrega consigo os valores culturais de sua bagagem existencial apenas como sendo o fardo certo e único a ser transportado por todos.

Cada qual colhe durante a jornada as ferramentas necessárias a sua trajetória.

Respeita o outro por suas convicções e não por suas próprias medidas.

Já aquele que tolera, coloca-se numa posição de superioridade, levando em consideração seus critérios de aceitação ou não, àquilo que lhe parece estranho.

Em se tratando de grupo social, mais vale aquele que respeita, pois enxerga no outro, um indivíduo ou grupo semelhante com opinião distinta da sua.

Geralmente, o tolerante é carregado de vícios que comprometem uma desprendida avaliação.

Você até pode ser contra o homossexualismo, contra os ateus ou contrario aos que torcem por um clube que não é o seu, desde que garanta seus princípios constitucionais de assim se manifestarem.

Mas o ledo engano é o de se colocar como um tolerante, já que os que contrariam sua concepção não são superiores e nem inferiores a sua própria condição.

Respeito sim! 

Tolerância não!

Rogério Francisco Vieira

Biólogo e Professor       

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