Normalmente, quando se tem um filho, costuma-se colocar no neonato um nome que venha homenagear um parente, o cantor preferido, um filósofo, o médico que fez o parto, enfim...
Alguns recorrem ao "Livro do Significado dos Nomes" com a intenção de descobrir uma etimologia grega, indígena ou latina para rotular a característica da nova vida que surge.
Com os cientistas é mais ou menos assim.
Apesar de todo cabedal acadêmico, na hora de "batizar" aquela espécie que identificou e descreveu após árduos anos de estudo, também é costume colocar a imaginação a favor de suas preferências na busca de uma nome que melhor lhe apraza.
Seguindo a nomenclatura binominal biológica exigida pelas normas, procuram adaptar o nome do ser a algo que valha a sua consideração.
Normalmente, o batismo fica restrito a uma menção a um colega cientista, a um professor ou a qualquer que seja o colaborador nessa "parição biológica".
Porém, outros deixam a paixão superar a razão e acabam eternizando seu amor a alguém por meio de sua descoberta científica.
Pode ser um cantor, uma ator, um astro da música e até mesmo um personagem de desenho infantil.
A tabela a seguir dá apenas uma amostra das influências populares no âmbito hermético da ciência.
Astro
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Espécie
|
Bob
Marley
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Gnathia marleyi
(crustáceo) |
Ronaldinho
Gaúcho
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Eulaema quadragintanovem (inseto)
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David Bowie
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Bugula bowiei
(briozoário) |
Bob Esponja
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Spongiforma squarepantsii (cogumelo)
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Jim Morrison
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Barbaturex morrisoni
(réptil) |
Uma prova que a vida real inspira a arte e vice-versa.
Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor
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