E se as plantas pensassem?
Já pensou se uma samambaia
tivesse inveja de uma rosa e de uma orquídea pelo simples fato destas exibirem
suas admiráveis flores?
Mas vaidade é sentimento
exclusivamente humano e motivo de inúmeras demandas, discórdias e afirmações.
Os anseios humanos nos dias
atuais, principalmente no modelo político capitalista, não se satisfaz em
apenas “ser”, rompeu a barreira do “ter” e mergulhou de vez na prática do
“ostentar”.
Não basta ser mais um entre
milhões, mesmo que o Livro da Lei diga que somos todos irmãos e que os
princípios individuais constitucionais nos garantam igualdade de condições.
Ter o poder passou a ser
determinante para as conquistas ao longo da história.
Assim, “irmãos” subjugados
passaram a servir aos poderosos detentores do poder.
Vieram as invasões
civilizatórias, as pregações religiosas aos "sem" alma, chegando até as
ditaduras de controle social àqueles desprovidos de visibilidade social, pois
“eles” sabem
quais são as necessidades das massas.
Mas ditadura é coisa de
pseudocomunistas ou de neofascistas e as populações “modernas” e adeptas das novidades
tecnológicas não se satisfazem em apenas possuir suas parafernálias que o
dinheiro pode comprar.
É necessário mais, muito
mais.
Seus caprichos arraigados clamam
em aparecer para torná-los distintos de seus apáticos e fiéis aduladores.
A ostentação é a comprovação
que seu “deus” é poderoso e faz milagres, bastando se render ao evangelho do
sucesso e comungar do banquete dos abençoados.
Facilmente, a máxima do “sou
logo, existo” é substituída por “tenho, logo posso” e em nome da fé, pode-se
ditar a moda das novas tendências.
E a nobre missão do
magistério, cujo intento é possibilitar acesso ao conhecimento e a apropriação
do mesmo para uma elevação moral, fica refém de si próprio.
Os intocáveis acadêmicos
vaidosos se deixam levar pela onda de uma democracia desigual para impor suas
teorias de citações de rodapé, com o objetivo de fundamentar suas idéias ao
conjunto sem a devida representatividade intelectual.
Enquanto isso, a mão-de-obra barata e sem o devido respaldo social, desdobra-se na educação das séries iniciais na formação dos pequenos cidadãos.
Que o hermético academicismo tenha voz em seus independentes pensadores e que, juntamente com colaboradores anônimos e auto-didatas, expressem por meio das ciências e da arte o real valor da essência humana.
Do contrário, aquele que "é" bom e com nobres princípios, sumirá diante daqueles que possuem o poder que, por sua vez, são superados pelos que ostentam suas conquistas materiais.
Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor
Enquanto isso, a mão-de-obra barata e sem o devido respaldo social, desdobra-se na educação das séries iniciais na formação dos pequenos cidadãos.
Que o hermético academicismo tenha voz em seus independentes pensadores e que, juntamente com colaboradores anônimos e auto-didatas, expressem por meio das ciências e da arte o real valor da essência humana.
Do contrário, aquele que "é" bom e com nobres princípios, sumirá diante daqueles que possuem o poder que, por sua vez, são superados pelos que ostentam suas conquistas materiais.
Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor
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