domingo, 28 de março de 2010

Teste de Curitibanidade

01- Quais as cores da bandeira de Curitiba?
a) Azul, vermelho e branco
b) Azul, verde e amarelo
c) Verde, vermelho e branco

02- Qual o menor bairro da capital paranaense?
a) Lamenha Pequena
b) Alto da Glória
c) Bairro Alto

03- Antiga loja de departamentos onde a sensação em época de Natal era a “Gruta do Papai Noel”:
a) Prosdócimo
b) Hermes Macedo
c) Móveis Cimo

04- Foi apresentador do programa “Viva o Futebol”, transmitido pelo Canal 4, também conhecido por gravar a música “O Pássaro”:
a) Dirceu Graeser
b) Lápis
c) Cláudio Ribeiro

05- Banda de “Rock Rural”, ainda ativa e encabeçada pelo vocalista Ivo Rodrigues:
a) Viola Quebrada
b) A Chave
c) Blindagem

06- Bairro em que o poeta Paulo Leminski morou:
a) Pilarzinho
b) Água Verde
c) Barreirinha

07- Primeiro prefeito de Curitiba no período de 1835 a 1838:
a) Cícero Gonçalves Marques
b) Algacyr Munhoz Maeder
c) José Borges de Macedo

08- Considerado o primeiro edifício, sendo construído em 1929:
a) Edifício Garcez
b) Edifício ASA
c) Edifício Caxias

09- Foi um famoso Físico que nasceu em Curitiba em 11 de julho de 1924 e morreu em Campinas - SP em 08 de março de 2005.
a) Riad Salamuni
b) João José Bigarella
c) César Lattes

10- Estatua localizada na Praça Eufrásio Correia, presente da colônia polonesa por conta da passagem do Centenário de Independência do Brasil:
a) O Homem Nu
b) O Semeador
c) O Tropeiro


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

A Rosa e a Violeta

No jargão botânico, a rosa é o sistema reprodutor das plantas da família das rosáceas, podendo ocorrer em diferentes matizes, seja de forma natural ou artificial.

Tal beleza e representatividade fez com que fosse considerada a rainha das flores. Seu símbolo acabou se tornando sinônimo de amor,de paixão e da mulher.

Um ícone não guarda a importância em si mesmo, mas serve como
referência para um determinado valor na interlocução.

Não é a toa que no símbolo pedetista figure a matriarca das flores.

Traz nessa estampa, a intenção de declarar o amor que um grupo
político tem em existir pela paixão, quando se trata de defender os
assuntos pertinentes á sua terra e à sua gente. Esse é o PDT da rosa: forte, coerente e comprometido com as questões voltadas à prática de um socialismo democrático.

Porém, nessa biodiversidade floral, surge um PDT da violeta:
frágil, pequeno e efêmero. Violetas transgênicas ou enxertadas, que
já passaram de vaso em vaso e que tentam fincar suas raízes em rico solo pedetista. De duas uma: ou assimilam os fortes ingredientes contidos nesse substrato, suportando as intempéries ao qual o ambiente está exposto, tornando-se tão nobre quanto uma rosa ou sucumbem diante desse forte elixir e irão brotar em outros solos menos seletivos.

Nessa analogia botânica, a rosa parece ser a simbologia mais
inspiradora, deixa o perfume nas mãos daqueles que a conduzem de
forma orgulhosa e incisiva. Até mesmo seus acúleos mostram-se
valorosos. Não para ferir, mas para preservar o organismo de
eventuais ataques de parasitas, predadores e oportunistas.

Sendo a roseira uma planta cultivada e ornamental, seu vigor
fica na dependência de um bom e fiel jardineiro, que em cada botão
surgido, enche-se de orgulho, tal como um pai assistindo o nascimento de mais um rebento. A partir desse cenário fito-político, entre semeaduras, brotos e podas, surge a lembrança do velho jardineiro, precursor de belas rosas cultivadas em solo fértil: Leonel Brizola.

O democrata-trabalhista deixou um legado de luta pela defesa
e soberania de uma nação, cujo objetivo norteador era o da eqüidade de oportunidades para os cidadãos. Defensor incansável da democracia, sempre respeitou o desejo popular. Vários pleitos disputados, nem todos vencidos, mas sempre acatando o veredicto das urnas, um legalista por convicção. As críticas dirigidas aos seus oponentes eram restritas ao campo das ideologias, aos modelos e práticas políticas que se defrontavam na proposta da construção de uma sociedade independente, contrastando-se aos interesses alheios de uns descompromissados dos valores nacionais, assim como frágeis violetas tentando se passarem por legítimas rosas.

E nessa atmosfera de oxigenação política, cabe aos legítimos
pedetistas participarem ativamente para a expansão da caixa torácica do partido, aumentando seu fôlego e autonomia por conta de uma cláusula de barreira.

De nada adianta, como alguns querem, impor uma forma de
crescimento baseada na desvalorização do adversário, tentando
minimizar seus feitos ao invés de aprender que uma vitória se
conquista nos detalhes, pois o óbvio é facilmente perceptível.

Afinal, quando a batalha é travada com nobres e sublimes princípios, onde o coletivo é o alvo, ninguém ganha, ninguém perde, todos saem reforçados e motivados, pois forças serão necessárias em novas contendas.
                                                   (ótica política da eleição estadual de 2007)

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

sexta-feira, 26 de março de 2010

A Hipocrisia e o falso moralismo do país do futebol

Para aqueles que gostam de chavões requentados aqui vão dois para introduzir esse pensamento: “somos um país pacífico” e “somos o país do futebol”, ambos ecoados aos quatro cantos com um enorme sentido ufanista. Para aqueles que querem manter o status quo e deixar tudo como está, temos sim que nos manter nessa passividade do berço esplendido. Principalmente para aqueles que se dizem lideres da nação, cada qual em seu poder, poderem continuar dilapidando a 

Pátria amada, com o discurso da competência e da imparcialidade; tudo pelo bem do desenvolvimento de uma nação autônoma. 

Apesar da corrupção incrustada no país do futebol, tal fato ainda não foi motivo o suficiente para um levante popular para protestar contra a vergonha estabelecida no país, a não ser que seja articulada pelas forças ocultas que também anseiam em se locupletar do erário público, torcendo para que os “caras pintadas” consigam destituir os opositores e, com isso, possam ascender ao poder, na carona do falso moralismo.

Mas corrupção passa, a falta de escola passa, a saúde pública em caos passa... Mas tem coisas que mexem com o orgulho, fazendo o sangue ferver, fazendo o instinto do animal mais feroz aparecer. 

Geralmente essas coisas são encaradas como sagradas. No episódio do chute na Santa promovido por um pastor, o País católico não deixou por menos. Foi a público manifestar seu repudio, exigindo retratação.

Agora, num assunto também sagrado para o brasileiro – o futebol – os hipócritas e moralistas tentam “demonizar” a paixão do torcedor e atribuir a esses todo e qualquer culpa nos incidentes ocorridos na final do campeonato brasileiro desse ano.

Elegeram o mal do país, a persona non grata em qualquer lugar: o torcedor. Não aquele que ganha o ingresso numa promoção de rádio, ou que uma vez em vida vai ao estádio, embarcando na onda da moda. Mas o legítimo torcedor, aquele que faz mover o mercado milionário do futebol. Aquele que consome os produtos com o distintivo do clube, que não falta a um jogo e que não deixa esfriar na memória os grandes feitos de seu time, sempre o melhor e com a mais vibrante torcida.

No jogo Coritiba x Fluminense, que acabou em 1 x 1 e rebaixou o time paranaense, a torcida, numa demonstração de indignação, passa a ser a pior coisa para o País que está prestes a sediar uma Copa do Mundo. Mexeram com o sagrado, com o amor que motiva a vida de muitos. Como ficar passivo diante de tanta falta de respeito? Um clube centenário que se acovarda diante de uma administração frágil e incompetente para manter o time entre a elite de nosso futebol. Como engolir os descasos de um clube que congrega tantos admiradores?

Ironicamente, essa turma apaixonada, que viaja pra longe, levando as cores do clube, que grita e vibra empurrando a equipe, lição básica em qualquer curso de liderança motivacional para empresas, vê-se agora no banco dos réus

Burocratas fazem o que acham que devem fazer. Mantêm a torcida distante com o argumento que devem agir com a razão e não com a emoção. Jogadores mercenários que jogam em qualquer lugar, desde que possam ter dinheiro para ostentar um poder financeiro através de seu carro importado e por enormes correntes de ouro cravadas de diamantes com a inicial do nome. Isso é o que vale, o resto deixa para esse bando de apaixonados que são iludidos facilmente.

Não se está fazendo apologia à violência, mas também não se quer promover uma apatia diante de uma catástrofe envolvendo uma das mais amadas instituições do brasileiro. Tecer comentários em estúdios de televisão com ar condicionado, poltrona macia e comes e bebes a vontade é fácil. Encarar o contexto da situação, experimentar na pele todo um ambiente de emoções e sentir a descarga de hormônios no sangue promovendo alterações cardíacas e respiratórias é outra.

Lamentavelmente, as duas partes vítimas de tudo isso foram as que tiveram o maior confronto: a torcida e a polícia. A torcida pelo fato de não admitir a humilhação a qual estava sendo submetida. A polícia que, pela própria presença, já demonstra que ali ocorre um conflito e que esse deve ser reprimido em nome da ordem social. 

Policiais que também, como qualquer um, torcem para um time e ficam chateados quando o mesmo não sai vitorioso de um partida.

Os maiores culpados são os dirigentes que não tiveram o cuidado de manter a qualidade dos serviços que, como qualquer consumidor, o torcedor gostaria de ter. Satisfação ou seu dinheiro de volta.

Enquanto isso não mudar, esses dirigentes ficam se passando por vítima da situação, sensibilizando o lado “bom” da torcida a acreditar numa volta por cima, na captação de dinheiro para a reconstrução do estádio destruído pelos “vândalos”, pois esses mancham a imagem do clube.

Estão identificando quem foram os baderneiros que extravasaram suas revoltas e envergonharam a imagem do grande Coritiba Foot Ball Club, nascido em 1909 e re-rebaixado em 2009, em pleno Centenário. Mas que também identifiquem e responsabilizem aqueles que de forma oficial não fizeram nada para impedir tal situação.

No mais, a cartolada passa e os cães pulguentos e raivosos ficam latindo.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor


quinta-feira, 25 de março de 2010

Alegria de Aruanda

Ponha um sorriso no rosto
Olhe no fundo dos olhos
Mergulhe no centro da mente
Emane carinho pra gente

Faça uma prece com forças
Tome um banho com ervas
Busque freqüência urgente
Cure o corpo doente

Traga conselhos honestos
Firme princípios corretos
Conduza a caminho descente
Ampare e deixe contente

Esse aparelho modesto
Forjado na Lei de Aruanda
Na forma mais pura encanta
Guiado na linha de Umbanda


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

Kwashiorkor


Uma vida agonizando
Cercada de desencanto
Carência e muita dor

Uma mãe em desespero
Em prece roga o apelo
Pra seu filho sofredor

Tanto resto misturado
E um chão contaminado
Só doença faz brotar

Seu ente, fruto querido
Exausto e desnutrido
Teimando em querer viver

Num ambiente de miséria
É pedaço de matéria
Lastimável de se ver


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

Transpedagogênicos


Bananas ainda colhidas verdes podem passar por um processo de amadurecimento acelerado quando colocadas em estufas com gás etileno.

Tal gás estimula a maturação desse suculento fruto partenocárpico, deixando-o apto ao consumo, não requerendo por parte do consumidor mais do que a presença de suas propriedades organolépticas padrões e já bem conhecidas há muito tempo.

Porém, o prazo para a conquista de tais qualidades passa desapercebido pelo ancioso consumidor, desde que atenda aquilo que se espera dele: qualidade nutricional.

Pegando carona nessa ânsia de prover o quanto mais rápido o comércio com seus agroprodutos, assistimos à disputa cerrada entre estufas educacionais, que prometem frutos acadêmicos de safra curta de, pasmem, dois anos entre o plantio e a colheita.

Contrapondo-se ao seletivo processo de envelhecimento em barris de carvalhos que prezam pela fermentação de sua produção acadêmica em safras especiais, para oferecer aquilo do que dela se espera: qualidade profissional.

Não bastasse o tempo abreviado na formação de novos profissionais, podemos continuar nossa metáfora agro-pedagógica com a inclusão dos astros da biotecnologia genética - os transgênicos.

Apresentados como a solução para matar a fome do mundo, campeões de produtividade e de resistência aos fatores ambientais, não conseguiram reproduzir na prática as promessas que se propunham realizar, além de criar conflitos entres governos, ambientalistas e com o mercado internacional.

Protagonistas de uma trama que mescla ficção e romance, perigosa sedutora de influentes governantes atraídos por interesses multinacionais.

Agora chegou a vez dos transpedagogênicos tentarem convencer e conquistar os mercados que, infelizmente, estão cada vez mais tolerantes na utilização de soluções mais baratas e rápidas, num modelo capitalista que corre o risco de ter um prazo de validade reduzido por conta de sua própria ganância e autofagia.

Se a perfeição é difícil de ser obtida, pior ainda com a ânsia mercantil em vislumbrar lucros rápidos e sem grandes compromissos.

Como será esse OPM (Organismo Pedagogicamente Modificado)?

Atenderá as necessidades das populações mais carentes, principalmente dos mais longínquos pagos?

Terá um custo-benefício mais atraente na construção de uma sociedade autônoma e soberana ou irá necessitar de atualização mais freqüente em workshop promovido por instituições que detêm a patente desses modelos importados de catalisação do conhecimento?

Por fim, tais indagações só o tempo responderá, apoiado na máxima darwiniana que garante a sobrevivência dos mais aptos.

Convencionais ou não, o sucesso e a realização de cada um passa, invariavelmente, pela atenção que se dá a educação.



Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

quarta-feira, 24 de março de 2010

Planeta Mulher


Na Terra, no grande ventre
Onde a vida despertou
Em caldo de sal e quente
Linda forma esboçou

Leve plâncton, ágil nécton,
Benton calmo brotará
No fogo, no solo, no vento
E nas águas de Iemanjá

O micro da fêmea traduz
Toda força desse macro,
Em grande evento de luz
Em missão de ofício sacro

Mulher, criação suprema
Tem a força e atração
Sua marca, seu emblema
 Manifesto de emoção


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor


terça-feira, 23 de março de 2010

Urubus e Carrapatos


Engraçado ouvir alguém se referindo a outrem como sendo um urubu, numa referência a uma suposta situação em que o mesmo tira proveito pra si próprio. 

É acusado de interesseiro e que não vê a hora de rasgar a carniça com seu vigoroso bico.

Benditos sejam os urubus!

Essas desengonçadas aves de rapina, talvez sejam as que mais colaboram com o ser humano na contenção da contaminação ambiental oriundas da putrefação de cadáveres, a chamada necropoluição.

A própria constituição protege a existência dessas aves, reconhecendo sua grande importância ecológica, removendo do solo, substratos de propagação de fungos e bactérias, agentes etiológicos de muitas doenças do ser humano e de outros animais.

Numa comparação zoológica, pior seria associar a pessoa a um carrapato.

Ao contrário do urubu que age em sua presa já abatida e em processo de decomposição, o carrapato se beneficia do ser ainda vivo, tirando-lhe aos poucos seu líquido vital que o anima.

Malditos sejam os carrapatos!

Seus hábitos hematófagos vão minando de maneira lenta e perene a saúde do pobre ser parasitado e, que aos poucos, vai se acostumando com tal situação, sem forças para poder reverter o quadro de apatia.

E mais, além de saciar suas necessidades com o sangue de sua presa, serve como vetor para outros males, tais como a febre maculosa, que agrava de forma impiedosa o estado de saúde da pobre vítima desses parasitas.

Conclusão: tem muito carrapato xingando urubu sem saber que esse último possui qualidades muito superiores às suas.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor