quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Aterosclerose ≠ Arteriosclerose


Ambas são patologias relacionadas aos vasos sanguíneos, mais precisamente as artérias.

Femoral, braquial, carótida, aorta, são algumas das mais importantes do nosso corpo. A grande maioria transporta o sangue rico em gás oxigênio, necessário aos processos energéticos do organismo. Apenas nas artérias pulmonares e do cordão umbilical o sangue encontrado é o venoso,  predominando o dióxido de carbono.

A ARTERIOSCLEROSE, caracteriza-se pelo enrijecimento da parede arterial, geralmente devido ao envelhecimento natural. 

Nosso miocárdio é o grande músculo responsável em fazer a circulação sanguínea, através de seus movimentos sistólicos e diastólicos. Porém, as artérias possuem um revestimento muscular, daí serem mais calibrosas que as veias, auxiliando na propulsão do sangue. Com a perda dessa capacidade, a pressão no meio circulante pode diminuir ao ponto de provocar uma insuficiência cardíaca, capaz de trazer sérias consequências na homeostasia orgânica, podendo levar o indivíduo ao óbito.

Já a ATEROSCLEROSE, está associada ao processo de acúmulo de substâncias, geralmente lipídios, na parede interna da artéria. 

Sua incidência está relacionada diretamente ao abuso no consumo de alimentos gordurosos. Os “ateromas” - placas de gordura – dificultam a hemodinâmica do organismo, sendo responsáveis pela ocorrência de angina e de acidentes vasculares.

Gordura, todo corpo necessita. Seja para a composição da arquitetura das membranas celulares, seja para a formação do panículo adiposo para proteger órgãos de choques e pancadas ou mesmo como um isolante térmico, evitando a hipotermia.

Um importante elemento regulador para o metabolismo de lipídios é o colesterol. Bioquimicamente, trata-se de uma molécula de álcool de grande cadeia e insolúvel no sangue. Por isso, para ser transportado ele precisa se ligar a lipoproteínas, caso contrário ocorre seu acúmulo e, consequentemente, prejuízos nas vias circulatórias.

São três os tipos de colesteróis:
-        Low Density Lipoproteins ou LDL: conhecido como o “ruim”, já que favorecem o aparecimento de ateromas.
-        High Density Lipoproteins ou HDL: considerado o “bonzinho”, pois impede a formação dos ateromas.
-        Very Low Density Lipoproteins ou VLDL: sem grandes riscos, por enquanto.

Como evitar o “malvado”? Com uma dieta reduzida em gordura animal.

Alimento de origem vegetal é isento de colesterol!

Tire a “gordurinha” da picanha e deguste-a com parcimônia.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor
Curitiba, novembro de 2012



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O LULINISMO E SEUS DISCÍPULOS

Primeiramente, nada contra o Luís Inácio da Silva. Porém, tudo contra àqueles que querem canonizá-lo. Minha opção política sempre foi o socialismo. Em nossa infante democracia tive a oportunidade de votar em políticos desse viés pragmático, uns firmes em seus ideais, outros menos que, por conta de um capitalismo globalizado avassalador, praticam seu mimetismo fisiológico, assombrados pelo medo de sofrerem a amnésia por parte de seus futuros ou fiéis eleitores. 

Gosto do Lula! Pessoa comum e visceral como a grande maioria dos brasileiros. Toma cachaça, conta piada, torcedor apaixonado, enfim, um cara do bem e que se deu bem. Num sistema capitalista, não é pecado enriquecer. Muito pelo contrário, se embasado em princípios protestantes então, é uma benção. Isso porque não basta ter, tem que mostrar a graça obtida e demonstrar a grandiosidade de seu Deus pelas suas conquistas que enchem os olhos dos incautos incrédulos, também ansiosos em ter o carro do ano, a casa de veraneio, as roupas de marca, etc. Não era o caso do Lula, sem nenhuma ironia no comentário. 

É natural perceber que um malte escocês é bem melhor que a cachaça, que além da piada, Mozart faz bem aos ouvidos e regozija a alma e que o futebol, mais que paixão, é mais uma das formas de desportismo que pode trazer saúde e disciplina e não apenas fazer milionários que preferem os euros ou dólares, contribuindo com a fantasia de jovens que deixam os livros e se lançam de pés e cabeça na ilusão de poucos. 

O grande problema não é o LULISMO, mas sim o LULINISMO.                  

O Lulismo reúne os admiradores de Lula. Seja apenas no pleito, fazendo o “L” com a mão ou vibrando com suas aparições na mídia, enaltecendo a diminuição da pobreza e ignorância do país, mesmo que isso seja uma tendência mundial, independente da opção partidária. De burro ele não tem nada. Lembram-se do episódio em que ele alertou Requião que mamona não é comestível e sim combustível, enquanto o ex-governador do Paraná enchia a boca daquele fruto? Ser Lulista é gostar do Lula e admitir que na condição humana, erra-se e tenta-se aprender com os erros. 

O grande equívoco está prática do LULINISMO. Uma doutrina que propaga os feitos de Lula e que não admite macular a imagem desse "santo" cidadão. Que tenta blindar o seu caráter "puro" e até "ingênuo", diante das trapalhadas de seus seguidores. Afinal, sua aura "límpida e cristalina" nada tem em comum com esses Judas envolvidos com escândalos dilapidadores do erário público. Ao ver tanta trapalhada, Lula deve pensar “Pai, perdoa porque eles não sabem o que fazem, deviam ter me consultado como fazer”. 

Ser Luninista é encontrar o erro em terceiros. É achar que o legislativo é acéfalo e que faz o jogo de uma imprensa corrupta contra seus discípulos. Que é natural que os sindicatos cobrem seus dízimos de seus filiados e tentem fazer de seus dirigentes vereadores, deputados, senadores, etc, em nome da força de sua categoria, reforçando sua representação e aumentando sua legião de fiéis. Ser Lulinista é fazer o profano virar sagrado. O humano virar um mestre ascencionado e arrebanhar seguidores prontos a lutar contra tudo e contra todos que possam manchar a sublime imagem de seu líder. 

Assim, como não foi Jesus que criou o cristianismo, tenho certeza que Lula não teve o objetivo de fundar o Lulinismo. 

Na esfera espiritual, muitos erros foram cometidos pelos cristãos.   

Tomara que na esfera política, os Lulinistas não cometam atrocidades ao ponto de, em nome de Lula, provocarem uma guerra entre seus semelhantes que não seguem seus dogmas. 

Rogério Francisco Vieira. 
Professor e Biólogo. 
Curitiba, novembro de 2012.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Equivocada Jactância Bairrista.


Tudo bem que valorizar a prata da casa é importante.

Reforçar os costumes e a cultura local, transmitir de geração em geração a bagagem histórico-cultural da terra e de seus personagens é louvável. Isso dinamiza a coerção do grupo, conservando suas peculiaridades e o distingue de outros tipos de associações. Afinal, a pluralidade cultural torna o país encantador e fascinante.

Se pertencemos a mesma espécie, o patrimônio genético segue o mesmo padrão. A organogênese é a mesma: braços, pernas, dedos, tudo distribuído conforme o modelo anatômico humano. Apenas os fenótipos denunciam as características étnicas que, biologicamente, não chegam a definir raças entre os humanos.

Portanto, entender que somos iguais, fica mais fácil reconhecer e respeitar as diferentes opiniões e tradições. Essa aceitação só deixa de existir quando tratada politicamente, onde um grupo quer possuir uma hegemonia sobre o outro, numa relação de domínio e de posse, de imposição de uma filosofia totalitária onde o dominador garante as facilidades da camada favorecida, mantendo o status quo da máquina insensível de exploração.

Privilegiar algo ou alguém só pelo fato de pertencer a sua área geográfica ou grupo social e, pior, fazer uma apologia xenofóbica é, no mínimo, uma demonstração de um livre arbítrio comprometido. Uma escolha nem tão livre e com baixa generosidade.

Nada melhor que fazer uma escolha sem se levar em consideração as amarras bairristas e livre de um sentimento de culpa.

Posso ser brasileiro, mas fazer a opção pelo rock ao invés do samba.

Posso ser paranaense, mas preferir feijoada no lugar do barreado.

Posso ser curitibano, mas ter uma maior simpatia pelo Fluminense em relação ao Coritiba.

Isso não me torna menos brasileiro, menos paranaense ou menos curitibano.

Afinal, numa linguagem metafísica, nós não somos – nós estamos – pois tudo é relativo.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo, professor e coxa-branca (mas também torcedor do Tricolor das Laranjeiras, do Colorado gaúcho e do Verdão paulista).

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mente e Alma

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Em meus olhos podes ver o brilho de minha alma, sem invadir a minha mente.

A alma é a energia vibratória que, em sua frequência, pode atrair proteção, curar e afastar a negatividade.


A mente é uma célula blindada – o núcleo divino – onde habita o livre arbítrio, a sabedoria e as sóbrias intenções.

Como energia, a alma pode ganhar ou perder forças, pois está cercada de outros seres com maiores ou menores intensidades energéticas. Uns a sugam como vampiros sedentos, outros a absorvem numa doação intencional reanimadora com o intuito de fortalecer áreas ora debilitadas.

A alma varia de acordo com as condições psicofísicas.

Já a mente é perene, lúcida e inviolável. É protegida por uma cápsula que distingue o homem dos demais animais em sua vocação racional. Porém, sua vulnerabilidade pode trazer o desequilíbrio e a loucura.

Mentes brilhantes auxiliam o planeta em sua evolução espiritual.
Almas solitárias são inócuas. O grande valor está no conjunto vibracional. Isso permite um consonante fluxo energético na busca da harmonia da existência. Assim, a união potencializa as intenções humanas, proporcionando maiores chances de êxito em seus propósitos.

A mente sadia é consciente que o equilíbrio está na soma energizante das almas, do bem viver no coletivo, dando e recebendo de acordo com suas necessidades.

O homem é um ser social que tem a medida de seu semelhante e o reconhece como tal.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor