sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Músico Amante (poesia)



Fazer por fazer é sensação alcançada
É missão cumprida é obra acabada
Tudo esperado do chamado normal
A nota bem empregada, o dom profissional


No muito mais que o permitido
O meio tom, invade o sustenido
Seduz com sol, com lua e se faz sonhador
Mescla o ritmo enebriado em sonoro amador


Viver entre o querer e o prazer
É romper o senso além do poder
Faz fluir em emoção desesperante
Os sons ousados de um amante


Rogério Francisco Vieira
Curitiba-PR

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Maria Garupa (música)


Upa, Maria Garupa
Não pode ver uma moto
Já pede pra montar

Ela, estilo bonitinha
Toda arrumadinha
Dá gosto de olhar
Ele, todo fedorento
Dando mau exemplo
Fumando e bebendo

Upa, Maria Garupa
Não pode ver uma moto
Já pede pra montar

Na festa, festa de motoclube
Se solta, se entrega
Ao som do rock n' roll
Assim, já faz parte da turma
Com certeza é mais uma
E um colete vai usar

Upa, Maria Garupa
Não pode ver uma moto
Já pede pra montar

Rogério Francisco Vieira
MCBDA - Facção Curitiba




sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Poetas Adorados, Políticos Odiados


“Todos os povos amam seus poetas...
O poeta não é um ser de luxo, não é uma excrecência ornamental da sociedade. Ele é uma necessidade orgânica de uma sociedade. A sociedade precisa daquilo, daquela loucura para respirar. É através da loucura dos poetas, através da ruptura que eles representam que a sociedade respira, dessa pressão de uma máquina em cima de você que não escolheu, não pediu, mas de nada adianta espernear, pois ela é muito maior que você...” (Paulo Leminski).

O fragmento acima foi extraído do documentário "Ervilha da Fantasia" (1985), onde o poeta paranaense faz algumas considerações sobre sua vida literária.

Apesar de serem amados pelos povos, nem todos têm o gosto por esse estilo literário, pois, muitas vezes, é recheada por uma linguagem subjetiva e metafórica, sutil e significativa para seu autor.

Quando seus versos são acompanhados por notas musicais, como no caso do "poetinha" Vinícius de Moraes, a coisa fica mais palatável ao grande público.

É com essa estética que a poesia oxigena nossas vidas, dando-nos resistência para resistir a pressão exercida pela "máquina" do sistema ao qual estamos submetidos.

Por isso são amados.

Amamos aqueles que nos tiram a dor e nos trazem a sensação regozijante do prazer.

Em contrapartida, odiamos quem nos oprime, quem nos impede de sermos autênticos, que nos causam dor.

O grande fardo social é imposto pela gigantesca máquina do sistema, sob a alegação de se manter a ordem entre seus tutelados.

A liberdade e oxigenação poética foi, é, e sempre será a válvula de escape às almas humanas sensíveis a boa convivência dos homens entre si, entre os demais seres vivos e para com o ambiente.

Em oposição, a opressão e o sufocamento político - distante de seus natos princípios - fermenta a indignação social, quando conduzido por mentes estreitas que advogam interesses próprios ou de pequenos grupos em detrimento dos anseios coletivos, num verdadeiro jogo de vaidades.

Somente uma censura política pode calar a voz do poeta.

Somente a liberdade poética pode fazer ecoar a voz do povo.

Assim, cada qual apropria-se um pouco do céu e do inferno, experimentando o lado bom e o lado ruim das coisas nesse aprendizado de emoção e de razão.

Mas, felizmente, como a unanimidade não é regra, continuaremos provando do amor e do ódio pelo resto de nossa existência.


Rogério Francisco Vieira
Curitiba-PR


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Biologia (música)


Biologia
(Rogério Francisco Vieira)

Apesar da sombra, o seu verde sintetiza
Em vida de presa, luta aquele que precisa

Mesmo por um fio, toda espécie se defende
Genes combinantes fazem o novo, diferente

Vida. Vida. Viva! Viva!
Biologia

Pétalas tiradas, para ver se o bem-me-quer
Nas conchas lançadas, a resposta que se quer


São leves sinais de conquista ou de esperança
Força natural, sem sentido de vingança

Vida. Vida. Viva! Viva!
Biologia

Penas contra o vento, liberdade de voar
Pele ao relento, espreitando pra caçar

Guelras flamejantes, muitas bolhas, pouco ar
Garras afiadas rasgam a carne sem parar

Vida. Vida. Viva! Viva!
Biologia

sábado, 7 de setembro de 2013

Sigam-me os Bons...

Claudino Dias

Ao contrário dos saudosistas, nem tudo o que é do passado foi bom em relação ao presente.

Minha racionalidade é extremamente limitada e faz com que minha sensibilidade se manifeste na tentativa de entender todas as causas que envolvem nossa evolução como ser em busca do equilíbrio de relação com o seu semelhante.

Porém, tolice seria querer que todos pensassem da mesma maneira e gostassem da mesma cor.

São justamente as diferenças que dão o tempero das relações e fazem a "coisa" acontecer.

A genialidade do homem está em sua condição em se colocar como receptáculo da Grande manifestação, seja que nome se queira dar.

Os fundamentos da física provam que o universo é constituído de matéria e de energia, sendo que essa última se caracteriza, principalmente, pela frequência de suas ondas.

Assim, em minha dualidade corpo-alma, quero conviver com pessoas afins com frequências e vibrações positivas, mesmo que essas não comunguem com o mesmo gosto político, musical, literário, religioso, etc.

Admiro e respeito aqueles fiéis aos seus princípios e bandeiras.

Em nome dessa salutar diversidade, eis que surge uma nova proposta política para nosso país.

Diferente!

Tudo o que há no momento tem a sua relevância, mas podemos muito mais.

Os avanços sociais são notórios, mas nem todos os coadjuvantes do processo tem o puro propósito de contemplar o conjunto em detrimento de seus interesses pessoais.

Mesmo no NOVO, vamos encontrar interesses alheios ao bem da coletividade.

Mas o processo é de depuração.

A peneira aos poucos vai separando os seixos construtores.

Que a boa nova venha e que nos de o alento de dias melhores.

REDE PARANÁ

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Oração de um Biólogo




Vida nossa que estais na Terra
Santuário seja o vosso nome
Vem a nós todos os reinos
Sejam respeitadas as desigualdades
Assim no ventre como em todo ciclo
O gene nosso e a clorofila
Pelo vigor que nos dão hoje
Perpetuai as nossas sementes
Assim como todas as formas viventes
Em ambientes despoluídos
E livra-nos de todo conflito racial
Amém.

(Rogério Francisco Vieira)

***
A profissão de biólogo foi regulamentada em 03 de setembro de 1979.
Sua atuação é variada, principalmente nos campos de pesquisa, educação, turismo e de consultoria.
Porém, não é raro ver biólogos com destaques na literatura, na música, na filosofia e na política.

Rogério Francisco Vieira
CRBio 8084-7