sábado, 25 de maio de 2013

Gama do Triângulo Austral


A unidade federativa paranaense é representada pela estrela Gama do Triângulo Austral.

Juntamente com a Alfa e a Beta, foram cartografadas pelos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman no final do século XVI, formando assim, o Triângulo do Sul.

Em 1754 tal descrição foi confirmada pelo astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille que propôs uma nova configuração, dando ao triângulo equilátero uma proposta de “Esquadro de Nível”, numa sutil intenção de homenagear a “Arte dos Pedreiros”, porém a proposta original vigorou, sendo a oficial para a União Astronômica Internacional.

Assim, entre tantas galáxias, nosso “lindo pendão da esperança”, imprime um fragmento da Via Láctea que sempre foi motivo de curiosidade e estudo aos tripulantes da nau terrestre.

Que nossa Gama inspire com sua magnitude a construção de um país cada vez mais generoso.

Rogério Francisco Vieira

Biólogo e Professor 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Diversidade Faunística da Maternidade


Pensei em escrever uma homenagem às nossas progenitoras, mas não de uma forma convencional.

Desde pequenos somos instruídos nessa data para exteriorizar nosso sentimento àquelas que nos possibilitaram a existência.

As feministas xiitas que me perdoem, mas o homem também tem sua contribuição, óbvio.

Geralmente um gameta feminino é servido para mais de 300 milhões de gametas masculinos no mágico processo de fecundação.

Além do mais, o sexo do descendente depende diretamente ao homem, não é?

A genética básica ensina que a mulher sempre contribui com o cromossomo sexual “X”, enquanto que o gameta masculino pode conter o “X” ou o “Y”.

Então, se a combinação for “XX”, pode decorar o quarto com os tons de rosa, pois aí vem uma princesinha.

Mas, se o genótipo sexual for “XY”, compra uma bola, um carrinho e coloca o pôster do Coxa (meu clube de futebol) na parede, pois aí virá um “sacudo”.

Não vamos entrar nas discussões de diversidade em que menina também gosta de bola e que menino pode preferir uma Barbie.

O intuito é outro.

A mídia se encarrega em excitar os incautos filhos na gastança com presentes, já que é a segunda data onde se mais “compram” homenagens, perdendo apenas à natalina.

Muito bem, já “comprei” minha homenagem, não a minha mãe que está em outra dimensão, mas à minha querida companheira que teve a possibilidade de ser o veículo para outra vida.

A ideia inicial é a de divagar um pouco sobre as outras formas de maternidade, aquela vista, não na do todo poderoso ser humano, mas sim nas demais que coadjuvam em nosso reino.

Daquelas fêmeas de outras espécies que trazem peculiaridades da forma como parem ou no modus operandi como lidam com sua prole.

A minhoca mereceria ser "lembrada" nessa data, pelo fato de gerar seus pequenos anelídeos? (Tudo bem, é apenas uma minhoca, mas existe gente que presenteia suas gatinhas e cadelinhas pelo mesmo motivo).

Apesar de o pronome ser feminino, ela é hermafrodita, ou seja, ela é pai-mãe.

Numa colmeia, somente a rainha tem a condição de perpetuar a espécie, pois com as estéreis operárias ficam os encargos da manutenção do “lar,doce,lar”, literalmente.

Dando algumas passadas evolutivas e chegando aos vertebrados, mais curiosidades paredeiras são encontradas.

No cavalo-marinho, cabe ao macho a responsabilidade de carregar em sua bolsa os filhotes no período de incubação, lançando ao ambiente mais de 300 descendentes.

Sacana é a mamãe cuco que deposita seus ovos em ninhos alheios para não ter o trabalho de chocá-los.

E a sacanagem não para por aí.

Como seus ovos eclodem primeiros, os recém-nascidos tratam de se livrar dos “intrusos” irmãos de ninhada para crescerem com totais garantias de subsistência.

Nos cangurus, o acasalamento se dá após uma luta entre os machos – inspiradora pra qualquer UFC – onde o vencedor tem o privilégio das núpcias com a pretendida.

O filhote, ainda pré-formado, nasce e segue até o marsúpio de sua mãe.

Na bolsa ventral, encontrará proteção e alimento, mesmo já grandinho.

Muitas são as curiosidades que orbitam a maternidade zoológica.

Mas o grande valor para nós humanos, não está em sermos mãe ou pai.

Como somos dotados da capacidade racional e forjados num sistema social complexo, com normas e regras, o que vale mesmo é herança de elementos éticos e morais usados na orientação de uma geração mais solidária e harmônica.

Independente do credo de cada um, a fundamentação é filosófica e não religiosa, mesmo respeitando aos que acreditem numa paternogênese Divina.

A imagem imaculada da mãe é louvável e digna de ser blindada.

Porém, a figura paterna legítima deve ser resguardada em direta proporção.

A alienação parental é uma injustiça ao caráter do pequeno tutelado que ainda não consegue perceber o que é certo ou errado, até porque isso é relativo e demanda tempo para ser ponderado.

Então, Viva!

Vivas ao Dia das Mães, dos Pais e dos Filhos.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

Alegorias do Vitruviano MC

Símbolos os sinais possuem intenções diretas ou indiretas de nos remeterem a significados profundos de reflexões, alertas ou meramente indicativos, onde a retina percebe e o cérebro interpreta.
Clique na imagem.
Vitruviano Moto Clube
Rogério Francisco Vieira
Vitruviano Moto Clube 

terça-feira, 7 de maio de 2013

Laroyê!






A fragilidade humana é fato inquestionável.

Uma simples bactéria pode aniquilar o mais robusto invólucro material carnal.

Também, as mais portentosas mentes podem sofrer convulsões, experimentando o limiar entre a racionalidade e a loucura.

Isso demonstra quão imperfeita é essa existência terrena, numa verdadeira depuração das pendências acumuladas ao longo dos compromissos espirituais assumidos e não cumpridos.

A matéria é efêmera e como tal, modifica-se conforme as necessidades evolutivas do espírito.

Já esse, é imutável em sua essência, ficando sujeito a modelagem material para se manifestar.

Assim como o macrocosmo – formado por matéria e energia – assim é o microcosmo, o ente vivo, onde a matéria é o corpo e a energia é o espírito.

A máxima do químico Lavoisier afirma que “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

De fato, a química se fundamenta na matéria constituída por átomos e moléculas.

Tal constituição é inerente a parte material. Portanto, o corpo contém elementos agregados de outras matérias.

O carbono, por exemplo, típico das constituições orgânicas, transita ao longo dos tempos, compondo os mais diferentes seres vivos, contribuindo com a diversidade e evolução na Terra.

Porém, o espírito é energia pura proveniente do Incriado, que não se perde e não se transforma.

Sua essência depois de depurada retorna a sua origem fortalecendo a fonte, ficando livre da roda justa das encarnações.

Ledo engano achar que isso é privilégio apenas dos encarnados.

A máxima oração cristã – não que essa seja a porta voz das demais manifestações religiosas – contém entre seus versos: “assim na Terra, como no Céu”.

Esse fragmento insinua que as provações espirituais se dão tanto aos níveis encarnado, quanto desencarnados.

Assim como existem pessoas que sofrem ou se regorjeiam em vida, também há a energias que se fundem a grande massa criadora ou submetem-se a novas experiências em matéria para galgarem os degraus que rompem com o ciclo vicioso e imperativo do aperfeiçoamento energético.

E nesse exaustivo processo de purificação, figuram aqueles, que sob consentimento Divino, fazem o papel “sujo” de separar o puro do impuro.

São os temidos Exús, emissários Daquele que não é bom e nem ruim.

É justo!

Enquanto o véu da verdade não é descerrado aos olhos humanos por conta da falta de luminosidade, os tropeços são inevitáveis na caminhada em direção a luz.

Em síntese, Deus não é bom nem mau, é justo e perfeito.

Que Ele auxilie e permita que nossa essência possa estar em condição de se agregar homogeneamente a Sua natureza e, que dessa forma, possamos reforçar nossos influxos positivos para a evolução da vida no planeta.

Enquanto isso, a cobrança salutar ao aperfeiçoamento espiritual vai sendo "cobrada" por intermédio daqueles que têm a permissão do Criador para tal, independentemente do tempo e do espaço.


Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cilindradas Cardíacas



O tema é recorrente, porém sempre está sujeito a uma nova impressão, seja ela técnica, política ou meramente poética.

Integrar um grupo de motociclistas é muito mais que apenas ter uma motocicleta.

É ter o espírito alimentado pela liberdade, pelo companheirismo e pela solidariedade.

Entre as impressões acima citadas, fico com a poética pelo fato de traduzir melhor o real intuito que nos une como reais irmãos de estrada.

A ótica técnica é cartesiana e competitiva, levando em consideração o domínio da máquina sobre o homem, independente de sua destreza em pilotar.

Potência do motor, sistema de freios, aerodinâmica, etc, são os principais aspectos a serem admirados na busca de quebra de tempos e recordes nas competições, coisas irrelevantes no âmbito dos Moto Clubes.

No campo político a motivação pode estar associada a ânsia pelo poder e por uma certa rigidez hierárquica que pode ofuscar o prazer em fazer a reunião de todos os membros, tornando os encontros um exaustivo cumprimento de protocolo.

Obviamente que a existência de um estatuto é extremamente salutar e norteador para as ações do clube, acentuando o compromisso, compartilhando responsabilidades e evitando abusos de seus membros em detrimento ao grupo.

Poeticamente (poèsis, do latim), remete a ideia do "fazer".

Do fazer com prazer guiado pela estética, pois o belo agrada nossos sentimentos e, sob a ótica aristotélica, funde-se a lógica e a ética.

Como dito acima, integrar um grupo de motociclistas é muito mais que apenas ter uma motocicleta.

Veja o caso de um rapaz que se deslocou de sua cidade, de ônibus, motivado em participar de um aniversário de um Moto Clube.

Fato meramente normal se o mesmo não tivesse como seu meio de locomoção uma cadeira de rodas.

Outros deslocam-se confortavelmente em seus automóveis servindo como carro-de-apoio ao grupo.

Esses são pequenos exemplos que comprovam que o grande objetivo é reunir motociclistas e simpatizantes numa confraternização onde as conversas, boas gargalhadas, música agradável, comidas e bebidas, formam o substrato propício para o sucesso dos eventos, servindo como uma válvula de escape da correria estressante do dia a dia.

As cilindradas das máquinas podem variar bastante, mas todos possuem a mesma quantidade de válvulas no coração.

Isso é o que vale e o que conta, pois são a bicúspide e a tricúspide que trabalham em conjunto com nossos batimentos cardíacos e nos tornam aptos a pilotar, a namorar, a sonhar, enfim, a viver.

Rogério Francisco Viera