terça-feira, 20 de abril de 2010

Mensageiros do saber

No passado, nossos ancestrais observavam os sinais ao seu redor com a intenção de se relacionarem com o ambiente, a fim de obterem uma orientação. A disposição das estrelas, o sol, a lua e os eventos climáticos faziam com que pudessem se preparar para a caça, para a dança ou, simplesmente, para saírem em longas excursões.

Porém, nem todos tinham a sensibilidade para perceber e interpretar tais indicativos naturais,uma vez que naquela sociedade começava a surgir uma incipiente divisão de trabalho. Assim, os que aprenderam a associar tais informações, revelavam-nas ao grupo, possibilitando a este uma organização estratégica, conforme cada propósito.

Esse elemento capaz de armazenar conhecimentos e transmiti-los aos demais, sentiu a necessidade de preparar outros indivíduos que pudessem ter essa capacidade de serem, também, o porta-voz desses ensinamentos: surge o professor.

Hoje, nessa imensidão de informações, cabe ao professor sistematizar o conhecimento, facilitando a apropriação dos mesmos de acordo com o grau de capacidade de discernimento e aplicabilidade por parte daqueles que se beneficiam de tais informações.

Benditos professores que nos facilitaram e nos ensinaram a interagir com o conhecimento.

Vendo as estrelas, permitiram que pudéssemos conhecer os astros e chegarmos a pisar a lua; do calor do sol pudéssemos converter sua energia e aplicá-la nas mais diferentes formas; dos eventos climáticos, extrair suas mais sutis revelações e até mesmo criar mecanismos que nos permitem prevê-los, prevenindo surpresas desagradáveis.

O conhecimento não acabou...
Sinais indeléveis cercam o homem moderno que ainda carrega o instinto da ignorância e medo do novo, tal como acontecia com seus antepassados.

Benditos sejam , cada vez mais, os professores que puderem estabelecer a ponte entre o objetivo e o subjetivo, entre o entendido e o subentendido, entre o material e o espiritual.

Rogério Francisco Vieira
Biólogo e Professor